segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Desenvolvimento do bebê parte IV


A criança de 1 ano e 3 meses

Escrito para o BabyCenter Brasil

Mãozinhas ocupadas 
Cerca de 90% dos bebês já estão andando com esta idade, ou prestes a. São tantas as novidades que esta fase é chamada de "a época dos marcos do desenvolvimento" pelos especialistas. De uma hora para outra a criança quer usar uma cadeira normal, não o cadeirão, quer falar no telefone, quer apertar os botões do controle remoto, qualquer coisa "de adulto". 

Ir ao supermercado com seu filho pode ser difícil: ele não vai querer ficar sentado no carrinho e, se ficar solto, vai mexer em tudo, querendo tirar cada coisa da prateleira. Ele não está sendo desobediente. Só está pondo em prática todas as suas novas habilidades físicas. 

Não se preocupe se seu filho ainda não se animou para andar. Ele está chegando lá. 
Para aproveitar tanta energia, experimente uma brincadeira com uma daquelas bolas de parque, grandes e levinhas. A criança já consegue segurá-la quando ela é rolada na direção dela (mesmo que não todas as vezes). 

Brinquedos parecidos com coisas de adulto fazem grande sucesso. Um jogo de chaves de plástico, um pente ou uma escova, talvez dentro de uma bolsa que você não usa mais. Outra coisa que você pode fazer é deixar seu filho explorar embalagens vazias. Ele vai ficar entretido tentando encaixar a tampa. Só cuidado com objetos pequenos, porque a criança pode colocá-los na boca e engasgar

Você tem um furacão em casa? 

É igualzinho a um furacão: caótico, cheio de energia, e tudo gira em torno dele. Seu filho está em plena exploração social, e vai imitar todos os gestos dos adultos, para ver como você reage. E, como é esperto, logo descobrirá que com risadas e gracinhas consegue muita coisa (e com choramingos também, dependendo de quem estiver tomando conta...). 

Vale a pena também se esforçar para que seu filho conviva com crianças um pouco mais velhas, que possam comandar uma brincadeira de faz-de-conta. Os pequenos aprendem, além de novos jeitos de brincar e de imaginar, a colaborar com os amigos. 

Você também pode brincar de faz-de-conta. Faça comida de mentirinha e deixe-o alimentar você com uma colher. Ou brinque que ele é um cachorrão e você é um gatinho indefeso. Crianças adoram esse tipo de inversão, quando o adulto fica frágil e elas podem ser as fortes e poderosas. 

A hora do pesadelo 

Conforme seu filho começa a usar mais a imaginação, podem aparecer osprimeiros pesadelos. É provável que ele ainda não consiga explicar para você o que sonhou. Tente acalmá-lo falando baixinho e fazendo carinho nas costas dele até que ele adormeça de novo. 

A criança ainda não distingue o sonho da realidade. Vale a pena conversar com ela e explicar o que são os sonhos, talvez com a ajuda de um livro ou uma história. Existem bons livrinhos que brincam com o conceito do medo. 

Pode ser também que seu filho comece a se recusar a ir para a cama, não por causa do medo, mas porque não quer parar de brincar. Ele não quer perder nenhuma possível aventura! A criação de rotinas e rituais interessantes para essa hora vai ajudar vocês a acabar com o estresse de toda noite. 

Temperamento forte 

Como a comunicação ainda não está totalmente desenvolvida, tente prestar atenção ao que seu filho está tentando dizer, para ver se consegue evitar um pouco os gritos e as birras

A má notícia é que os escândalos e birras vão ser mais frequentes a partir de agora. A boa é que esses ataques de fúria são geralmente rápidos. É verdade que eles podem ser bem inconvenientes: no meio da loja ou naquela festa de família. 

Você vai precisar experimentar formas diferentes de lidar com seu filho nessas horas para ver o que funciona melhor para vocês, porque não há solução mágica. 

Identificar o motivo é uma boa saída: muitas vezes o drama acontece porque a criança está excitada. Muita gente junta, luzes e barulhos, e a confusão pode ser demais para o seu filho. Sono e fome também colaboram para a irritação (de adultos também, não é?). 

Você pode usar várias estratégias para acabar com a crise: pegar seu filho no colo e falar baixinho com ele, levá-lo para um lugar mais vazio e deixá-lo se jogar no chão à vontade, deixá-lo um pouco sozinho no quarto. Veja o que dá mais certo (ou menos errado), tanto para ele quanto para você, porque é muito difícil enfrentar essa situação, principalmente se fica todo mundo olhando com cara de reprovação.

Cumprindo ordens 

Com esta idade, o vocabulário de 75% das crianças consiste de "mamá" e "papá" e mais pelo menos três palavras (como "au-au", "tchau" e "bô" para "acabou"). "Não" também costuma entrar na lista. A criança de 1 ano e 3 meses consegue cumprir ordens simples: "Vai buscar o seu sapato". 

Uma das melhores formas de estimular a fala da criança é escutá-la. Mesmo sem entender nada, olhe nos olhos dela quando ela tenta se comunicar, e mostre que está prestando atenção, para que ela não desista. 

Caso seu filho não seja dos mais falantes, leia bastantes livros para ele, ou simplesmente aponte as figuras dizendo seu nome. Procure falar como "gente grande": mesmo dizendo "au-au", deixe claro que o nome certo é cachorro ou cão. 

A partir de agora ele vai ter mais paciência para observar os livrinhos. Você pode contar a história enquanto a criança brinca com outra coisa no chão, se ela não quiser ficar quietinha manuseando o livro. 

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