segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Desenvolvimento do bebê parte III


A criança de 1 ano e 2 meses

Escrito para o BabyCenter Brasil

Sinais de agressividade 
Seu filho está se especializando em teimosia. De repente reclama da roupa que você escolheu, ou do sapato, ou decide que só quer comer macarrão, ou faz questão de colocar água no copo sozinho, mesmo que vá fazer a maior molhadeira. Ele faz isso porque está experimentando coisas novas e observando na prática o que dá certo e o que não dá. 

Se parece que você passa o tempo todo dizendo "Não!" ou "Cuidado!", procure dar uma arrumada no ambiente em que ele fica para torná-lo menos preocupante e diminuir o nível de estresse em casa. Reserve um espaço livre com alguns brinquedos seguros (como bolas) para que a criança possa explorar à vontade. 

Pode ser que você tenha jurado, num passado distante, que não ia mudar a cara e a decoração da casa quando tivesse filhos. Mas pense bem: vale a pena ficar dizendo não a cada segundo? Ou tendo calafrios a cada "fina" que ele tira da quina da mesinha de centro? 

Tirar enfeites frágeis e objetos delicados do alcance do seu filho vai facilitar a sua vida, não só a dele. A mesma recomendação vale para lugares que vocês frequentam muito, como a casa dos avós. 
Nesta fase podem começar a surgir indícios de agressividade, principalmente entre irmãos ou amiguinhos da mesma idade. É mais provável que a agressão seja causada pela frustração da criança, e não por maldade. 

Com 1 ano e 2 meses, as crianças ainda não entendem o que as outras pessoas sentem, ou seja, não são capazes de empatia. Para elas, os outros amigos não passam de objetos. Não é egoísmo: todo mundo é assim nesta idade. 

Para seu filho, é interessantíssimo observar que, quando puxa o cabelo da colega, ela dá um grito engraçado. É o mesmo tipo de experiência que ele começou a fazer há alguns meses, de jogar o brinquedo ou a comida no chão só para ver o que acontecia. 

Quando ele estiver brincando com outras crianças, fique por perto para interferir quando necessário. O melhor jeito é dizer "Não pode bater, porque machuca!" e tirar a criança da situação. Os especialistas afirmam que não adianta bater de volta. Procure não dar muita atenção ao mau comportamento, porque senão seu filho pode começar a repeti-lo de propósito. 

Aprendendo a viver em grupo 

Se seu filho não tem irmãos nem vai à escola, é uma boa idéia começar a levá-lo a lugares onde possa conviver com outras crianças: uma praça, um parquinho, até o shopping. Aos pouquinhos, ele vai começar a ver que é divertido brincar com os outros. 

O conselho também é válido para crianças mais tímidas. Exponha-a a lugares com mais gente, mesmo que seja o supermercado. Ao mesmo tempo, esteja por perto, dê segurança, segure-a no colo se vir que está assustada e não a passe para os braços de outra pessoa se ela não quiser (a menos que seja necessário, é claro). Com o tempo isso vai melhorar. 

A prática faz a perfeição no desenvolvimento físico 

Seu filho vai melhorar a cada dia que passa na arte de andar. Enquanto uns estão adquirindo firmeza, ou nem tomaram coragem para andar sem apoio, outros já conseguem "brecar" e retomar a velocidade, ou até se abaixar para pegar alguma coisa no chão, sem se apoiar em nada. 

Com 1 ano e 2 meses, as crianças gostam de arrastar objetos de um lugar para o outro: experimente deixar seu filho fazer isso com caixas leves. Talvez ele já consiga brincar, sentado no chão, de rolar uma bola para você -- e tentar pegar quando você rolar de volta. Quem sabe você consiga entretê-lo por incríveis ... cinco minutos com essa brincadeira! 

Se seu filho ainda não está andando, tenha calma, porque há muita variação nesta idade, e certas crianças demoram mais sem que haja nada errado com elas. 

Uma idéia é usar aqueles brinquedos que são uma espécie de carrinho, que a criança pode empurrar, apoiando-se para andar (mas não o andador, daqueles de ficar sentado dentro, pois eles podem causar acidentes e até atrasar o desenvolvimento do andar). 

Com a mão em tudo 

É pelo toque que seu filho absorve a maior parte das informações sobre o ambiente. Pense duas vezes então antes de dizer "Tira a mão daí" para tudo. Faça o contrário: ofereça texturas diferentes para ele sentir. Nada complicado: uma fita de cetim, uma lixa de unha, uma pedra. 

Dá até para fazer um jogo: pegue pares de itens desse tipo (duas fitas, duas pedras, duas lixas). Ponha uma de cada coisa dentro de um saco. Por exemplo, mostre a fita para seu filho, deixe-o senti-la nas mãos e depois peça a ele que enfie a mão no saco, procurando a textura igual, sem olhar. 

Para aperfeiçoar a coordenação motora fina, brinquedos de empilhar são ótimos, além de atividades que não são bem brinquedos: manusear fechos, por exemplo. Eles adoram abrir e fechar qualquer coisa -- só fique de olho para ver se não há risco de prender o dedo. 

Palavras novas 

Toda vez que seu filho aprende uma palavra nova, vai querer repeti-la sem parar. Se ele aprendeu a dizer "au-au", vai procurar cachorros o tempo todo, vai querer ver figuras de cães nos livrinhos... Aproveite o interesse para contar histórias e conversar bastante com ele. 

Outro fenômeno é que ele vai começar a repetir palavras mesmo sem saber o que elas significam. É nessa hora que pode escapar um palavrão bem cabeludo da boca do seu anjinho... 

Brincadeiras de esconde-esconde continuam sendo um grande sucesso. Experimente, por exemplo, colocar um brinquedinho em um dos bolsos da roupa que seu filho está vestindo, e veja como ele se entretém tentando recuperá-lo. 

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