segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Intolerância à lactose


O que é intolerância à lactose 

Pessoas que têm intolerância à lactose não produzem a enzima lactase em quantidade suficiente. A lactase é a enzima responsável pela digestão do principal açúcar do leite, a lactose. 

É até comum a ocorrência de uma intolerância transitória à lactose após 
diarreiasinfecciosas mais intensas, pois parte da capacidade de produção da enzima fica perdida pela mucosa que foi agredida por um agente infeccioso, viral ou bacteriano.

Quando a lactose não é absorvida absorvida direito, uma série de reações acaba distentendo os intestinos e causando desconforto, gases, diarreia e às vezes vômito. São problemas chatos e difíceis de conviver, mas não há muito risco para a saúde. 
Trata-se de um fenômeno bem diferente da alergia ao leite. Os sintomas da intolerância são só digestivos, enquanto os da alergia podem afetar o sistema respiratório e a pele, por exemplo. 

Bebês que nasceram 
prematuros às vezes demoram para produzir a quantidade adequada de lactase. O nível de produção da enzima pelos bebês normalmente aumenta durante o último trimestre da gravidez. 

É até possível os sintomas da intolerância à lactose aparecerem em crianças pequenas, mas o mais normal é eles surgirem em crianças maiores, adolescentes e, principalmente, adultos. É raro bebês terem intolerância, sendo mais comum apresentarem alergia à proteína do leite. 

Por que algumas pessoas têm intolerância à lactose? 

Não se sabe exatamente por que algumas pessoas têm intolerância à lactose. O que se sabe é que não é um fenômeno raro: estima-se que ele afete milhões de adultos só no Brasil, embora não haja números precisos. Pessoas de ascendência oriental parecem também ser mais propensas à intolerância, principalmente na idade adulta ou adolescência. 

A intolerância à lactose não chega a ser considerada uma doença. Mas é difícil que um bebê nasça já intolerante à lactose. Caso isso aconteça, o bebê tem diarreia constante desde que nasce, e não consegue digerir nem o leite materno nem fórmulas artificiais à base de leite de vaca. 

Mais frequente é o bebê, depois de uma 
gastroenterite -- por exemplo uma daquelas viroses que dão bastante diarreia -- apresentar sintomas de intolerância à lactose, mas que só duram uma ou duas semanas. 

Alguns medicamentos podem afetar a produção de lactase, causando sintomas de intolerância. 

Quais são os sintomas da intolerância à lactose? 

Uma pessoa com intolerância à lactose pode sofrer de diarreia, dores de barriga, inchaço ou gases de meia hora a duas horas depois de tomar leite (qualquer tipo, até o materno) ou de consumir algum tipo de derivado de leite. 

Há pessoas intolerantes à lactose que só passam mal quando tomam leite, mas que suportam bem os outros derivados, como queijo e iogurte. Sorvete à base de leite costuma provocar sintomas mais fortes. 

E há pessoas mais sensíveis, que já se sentem mal só com um pouquinho de leite ou derivados. Se seu filho mostra sinais de desconforto sempre depois de mamar, converse com o pediatra e levante a hipótese da intolerância. 

Há um jeito de diagnosticar com certeza a intolerância à lactose? 

O diagnóstico muitas vezes é feito só de forma clínica, ou seja, observando os sintomas. Se o médico sugerir eliminar por alguns dias a lactose da alimentação da criança e os sintomas desaparecerem, provavelmente estará estabelecido que se trata de intolerância (ou alergia, que pode ter sintomas parecidos). 

Existem exames para medir a absorção de lactose, mas eles são desagradáveis e trabalhosos (incluem várias retiradas de sangue no mesmo dia, por exemplo), por isso muitos médicos acham desnecessário realizá-los. 

Existe tratamento para a intolerância à lactose? 

Para bebês, o único tratamento é evitar os derivados de leite. Se você amamenta, terá de evitar também esses produtos. Fique de olho porque às vezes há leite em produtos que você não imagina. Leia as embalagens. 

Mas lembre-se de que é bastante improvável que um bebê tenha intolerância à lactose. Sempre converse com o médico antes de mudar a alimentação da criança. 

E tenha em mente que a intolerância à lactose é diferente da alergia. Na 
alergia, a reação acontece a qualquer contato com a substância. Na intolerância, a quantidade conta. Por isso, há crianças que podem tomar um copo ou mamadeira de leite sem passar mal, desde que não abusem, e outras que já sentem dor de barriga só de provar um brigadeiro. 

Se seu filho tem intolerância, você pode ir experimentando para ver que tipos de alimento ele consegue comer sem ser incomodado pelos gases e pela diarreia. 

Caso seu médico decida eliminar os derivados de leite da alimentação da criança, é preciso ficar de olho para ver se ela está recebendo todos os nutrientes de que precisa. O cálcio, por exemplo, pode ser obtido em verduras e em produtos industrializados enriquecidos com a substância, como cereais. 

Outros nutrientes normalmente fornecidos pelo leite são as vitaminas A e D, a riboflavina e o fósforo. Pode ser necessário consultar um nutricionista para ajustar a alimentação. 

Você também pode procurar produtos com lactose reduzida, cada vez mais disponíveis nas prateleiras dos supermercados nas grandes cidades. Mas só troque o leite da criança depois de conversar com o pediatra, porque na maioria das vezes o leite com lactose reduzida não é 
integral, a versão recomendada para crianças pequenas. 
Fonte: http://brasil.babycenter.com

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